Professor(a), ​responda com sinceridade:

Você ensina ou dá aulas?

E se escrever pudesse te devolver a calma e o sentido de ensinar?

“No ato de 'dar aula', espera-se que os participantes aprendam; no ato de ensinar, deseja-se que eles aprendam e, por isso, investe-se na busca desse resultado" (LUCKESI, 2011)

Dar aula não é ensinar.

Quem dá aula, administra o tempo entre FALAR, ESCREVER, PERGUNTAR e corrigir.

E isso nunca será o suficiente para que o aluno aprenda.

Entenda: 

Você não é "monitor de acampamento" para manter os alunos apenas ocupados e entretidos, você deve ensinar!
Imagine você, na faculdade, copiando, respondendo e corrigindo para tentar aprender a ser professor… não dá!

Você precisou se movimentar: 
estágios, regências, visitas técnicas, observações, congressos, livros, artigos, apresentações e muitos conselhos de quem já estava lá, na sala de aula. Certo?

Talvez, não. É bem possível que seu caminho tenha sido solitário. Talvez você tenha pulado algumas daquelas experiências e foi diretamente para a sala de aula.

Pilotos

não correm a 300km/h em sua primeira corrida.

Médicos

não fazem cirurgias complexas em seu segundo ano de curso.

Engenheiros

não assinam projetos enquanto ainda são estudantes.

Professoras e Professores

são colocados em sala de aula, sem antes serem pilotos de testes, médicos residentes ou estagiários de engenharia… 

ALGUNS LIVROS, UMAS TEORIAS E UM SONHO...

...​e, de repente, você se vê diante de uma sala cheia de alunos esperando a sua aula. Aí, não tem como fugir. Você precisa agir.

Professores não são pilotos, mas...

Vamos de zero a cem em poucos segundos: de zero experiência a 100, 200, 300 alunos para ensinar e produzir relatórios.

Professores não são médicos, mas...

Lidamos com corações e sentimentos de crianças, adolescentes E JOVENS ADULTOS sem qualquer conhecimento sobre cirurgia cardíaca ou psicoterapia.

Professores não são engenheiros, mas...

Construímos conhecimento empilhando conteúdos sobre conteúdos ao longo do ano tentando construir uma aprendizagem fiel aos currículos escolares.

Então, inspirado nos professores que você já teve, simplesmente, repete a mesma experiência: dar aulas.

Afinal, não tem segredo. dar aulas é simples:

Basta, falar sem parar, preencher o quadro com conteúdos didáticos prontos e esperar respostas

Nos melhores cenários, entregar “folhinhas” com exercícios impressos ou usar slides, a apostila/livro didático etc..

Tudo isso, até a grande ficha cair...

então, você se dá conta de que

Seus alunos não aprendem!

Tá... Esquece o debate da culpa, a questão aqui é a sua qualidade de vida.

O seu sonho de ser professor precisa superar a realidade da profissão

ou  vai dizer que você nunca percebeu que te jogaram aos tubarões sem o preparo adequado??
E é por isso que você se desespera diante do seu próprio trabalho...

Olhe para si com sinceridade:

Você precisa de orientação e apoio?

Você sabe que a faculdade não foi suficiente. 

Você sabe que gastar tempo ouvindo quem nunca entrou em uma sala de aula, não resolveu nada. 

Você sabe do que você precisa.

Afinal, se falta apoio, se faltam ideias, se faltam técnicas, se faltam saídas, é preciso fazer alguma coisa por você e pela sua saúde mental.

Todo professor precisa de um mentor

No começo, você pede ajuda aos mais experientes. Depois, cria laços de amizade e de ajuda mútua com professores da sua área. Até que percebe que precisa de um apoio externo para não se aborrecer os amigos. O que nunca muda é a necessidade de termos alguém para pedir orientação e apoio.

Pare de dar aulas...

Ensinar não é fácil, mas é recompensador.

Adultos “dando aula” ao invés de ensinar acabam com a criatividade das crianças e entediam jovens adultos. 

Ensinar os primeiros passos da sua área para seus alunos é uma responsabilidade gigantesca. 

Se este primeiro passo não for na direção certa, pessoas talentosas podem não se desenvolver bem.

Mas se você consegue ensinar, recebe a gratidão de quem aprende e vive o propósito da profissão.

"Uma sala de aula precisa ser um organismo vivo, precisa ter conflitos, precisa ter negociações, precisa ter clima de aprendizagem." (ALMEIDA, 2011)
Você precisa estar bem e com disposição, porque o ato de ensinar é uma doação, uma entrega!

Não precisa ser um robô e “estar sempre bem”. Basta definir uma estratégia no melhor momento e segui-la, inclusive, nos dias mais difíceis.

Se você chegou até aqui e entendeu que precisa de apoio, está diante de uma boa oportunidade.

Autorregulação Emocional Docente
com Escrita Criativa

Num desafio de 15 dias, você vai se reconectar com sua voz interior, entender como a escrita pode aliviar sua sobrecarga e aprender a usar a escrita criativa como prática emocional docente."